sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Vale a pena dar uma conferida nesse link:

http://www.aleitora.com.br/2010/10/eu-li-senhora-a-bruxa-angelica-lopes-e-jose-de-alencar/

Os clássicos da nossa literatura adaptados... Que loucura! Será que José de Alencar está se revirando no túmulo? Mas a ideia é boa sabe pra quem? Para aquele aluno moderninho que não gosta de ler cânones, aí temos lucro, caros professores!
Além de "Senhora, a bruxa", temos outras opções mais engraçadas:
- Dom Casmurro e os discos voadores;
- O Alienista caçador de Mutantes;
- Escrava Isaura e o vampiro.

Nem o Machado se safou dessa...

(Por Alessandra Rosa)

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Poema para o filho da Aline...


Gabriel

Em junho eu sorri ao olhar pra ti
Você sorriu de volta quando nasceu
Rosto angelical, o mais perfeito que já vi
Rodeado de amor e mimos você cresceu

É o tom da sua voz que confirma a todo momento
Que conheço-te tão bem
Antes dessa vida e de meu próprio nascimento
Amor que vive aqui e além

De repente veio o medo de perder-te
E quando o medo adormeceu suavemente
Mal pensei e tatuei seu nome em mim

Mesmo que a pele envelheça e que a tinta desgaste
Com ou sem tatuagem, ao deixar este mundo
Será eternamente assim: eu marcada em você e você marcado em mim.
                                                                     
(Por Aline Caruso)

Simbolismo


Este surgiu no fim do século XIX, em oposição às correntes anteriores. É subjetivo, transcendental, tem musicalidade, é místico, espiritual, oculto: fantástico.
Em expansão, talvez, das idéias de liberdade românticas, o Simbolismo prega a literatura em novas e outras formas que não escritas.
Assim, pode-se dizer que a música, o cinema, o teatro, a pintura e outras formas de manifestação artística são de origem simbolista ou se relacionam com estas idéias. Pois, todas elas são, em suma, linguagem, ou seja, texto; então, literatura.

(Por Alex Moraes)

Parnasianismo


“A Arte pela Arte”
A essência parnasiana detém-se apenas em descrever rebuscada, preciosa e perfeitamente algo, alguém ou algures como simples e realmente é com objetividade.  E ele retoma as formas fixas clássicas, Greco-latinas. É estético, rico e rigoroso, porém impessoal e com difícil compreensão

(Por Alex Moraes)

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Fácil de lembrar:




















(Por Alessandra Rosa)

Minhas experiências com Dom Casmurro (Intertextualizando Dom Casmurro)


Trecho Dom Casmurro de Machado de Assis


“Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que foram aqueles olhos de Capitu. Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram. Olhos de ressaca? Vá, de ressaca. É o que me dá idéia daquela feição nova. Traziam não sei que fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava para dentro, como a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca. Para não ser arrastado, agarrei-me às outras partes vizinhas, às orelhas, aos braços, aos cabelos espalhados pelos ombros; mas tão depressa buscava as pupilas, a onda que saía delas vinha crescendo, cava e escura, ameaçando envolver-me, puxar-me e tragar-me. Quantos minutos gastamos naquele jogo? Só os relógios do céu terão marcado esse tempo infinito e breve. A eternidade tem as suas pêndulas; nem por não acabar nunca deixa de querer saber a duração das felicidades e dos suplícios.” 



Confesso que quando parei para tentar ler “Dom Casmurro” o sono falou mais alto.
Lembro-me como hoje. No primeiro ano do Ensino Médio, minha professora de Português deu um trecho do livro, quando li menos  que um capítulo da obra, eu fiquei com raiva de Bentinho por duvidar de Capitu, duvidar do amor dela e de sua fidelidade.

Pouco tempo depois desta leitura que parou somente no trecho, pude assistir o filme “Dom”, baseado na obra de Machado de Assis. Neste filme Marcos Palmeira faz o papel de Bentinho, Bruno Garcia é Miguel e Maria Fernanda Cândido é a Capitu, no entanto com nome de Ana. Assistindo tal filme, lembrei do esquecido trecho que li no Ensino Médio e ao assistir o filme, (que é um releitura contemporânea da obra), bateu novamente a vontade de ler o clássico de Machado.


Como no trecho que coloquei acima de Dom Casmurro, em Maria Fernanda , via a verdadeira Capitu, o olhar dela era, para mim, os mesmos olhos de ressaca descritos no livro. Confesso, que quando li o trecho do Ensino Médio, pensava no fundo que Capitu poderia sim ter traído Bentinho, mas o amava demais. Mas, quando vi o filme, fiquei do lado da “Capitu moderna” e a defendi em pensamento, fiquei com raiva daquele “Bentinho moderno” e tão paranóico quanto parecia o do livro.


Tempos depois veio a série “Capitu”, que série maravilhosa! E novamente Maria Fernanda Cândido fez o papel de maneira esplêndida e apaixonante! Michel Melamed como Bentinho, fez o mais paranóico homem traído da ficção (ou que pensa que foi traído).

Mantenho minha opinião quanto aos clássicos, não há nada melhor do que aguçar a curiosidade do aluno para que ele queira ler sim um cânone. De nada adianta impor um livro ao aluno e crer que ele lerá o livro inteiro e que não correrá atrás de um resumo ou análises de obras na internet.
Assim como no projeto em que eu e meu parceiro Alex estamos trabalhando, defendo as obras contemporâneas e creio que elas têm tanto valor quanto aos cânones. Afinal, devemos valorizar atualmente a literatura que nos rodeia, por meio da internet muitos autores de talento tem sido reconhecidos e devem sim ser valorizados!

Machado de Assis e suas obras devem ser conhecidas por nossos alunos, no entanto devemos rever conceitos e lidar de uma outra forma com os clássicos. A extrema paixão que minha professora do Ensino Médio demonstrou ao contar a história de Bentinho e Capitu, despertou em muitos alunos a vontade de ler Dom Casmurro.

(Por Aline Caruso)

Um pouco mais de Realismo


Sabe o Romantismo?!
Quando os escritores perceberam que o Romantismo não trouxe nenhum ideal, não concretizou a liberdade, igualdade, muito menos a fraternidade, resolveram ir contra toda a idealização e ir direto à crítica! Romantismo era pura babaquice! Agora eles iriam destruir as fantasias e mostrar a realidade, nua e crua.
O personagem principal dessa fase na literatura é o povo e seus problemas reais. A distância social, a traição, o trabalho no campo, a miséria, entre outras questões, são o que se podem encontrar nos livros dessa época... Esqueça o Amor, caro leitor, pelo menos esse amor que o Universo idealiza.
O autor que inaugura o Realismo no Brasil é Machado de Assis com “Memórias póstumas de Brás Cubas”, embora ele tenha iniciado sua carreira como autor romântico.

"... Sonhará uns amores de romance, quase impossíveis? digo-lhe que faz mal, que é melhor, muito melhor contentar-se com a realidade; se ela não é brilhante como os sonhos, tem pelo menos a vantagem de existir...”

A mão e a luva - Machado de Assis.

(Por Alessandra Rosa)