http://www.aleitora.com.br/2010/10/eu-li-senhora-a-bruxa-angelica-lopes-e-jose-de-alencar/
Os clássicos da nossa literatura adaptados... Que loucura! Será que José de Alencar está se revirando no túmulo? Mas a ideia é boa sabe pra quem? Para aquele aluno moderninho que não gosta de ler cânones, aí temos lucro, caros professores!
Além de "Senhora, a bruxa", temos outras opções mais engraçadas:
- Dom Casmurro e os discos voadores;
- O Alienista caçador de Mutantes;
- Escrava Isaura e o vampiro.
Nem o Machado se safou dessa...
(Por Alessandra Rosa)
Sensível Literatura
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Poema para o filho da Aline...
Gabriel
Em junho eu sorri ao olhar pra ti
Você sorriu de volta quando nasceu
Rosto angelical, o mais perfeito que já vi
Rodeado de amor e mimos você cresceu
É o tom da sua voz que confirma a todo momento
Que conheço-te tão bem
Antes dessa vida e de meu próprio nascimento
Amor que vive aqui e além
De repente veio o medo de perder-te
E quando o medo adormeceu suavemente
Mal pensei e tatuei seu nome em mim
Mesmo que a pele envelheça e que a tinta desgaste
Com ou sem tatuagem, ao deixar este mundo
Será eternamente assim: eu marcada em você e você marcado
em mim.
(Por Aline Caruso)
Simbolismo
Este surgiu no fim do século XIX, em oposição às correntes
anteriores. É subjetivo, transcendental, tem musicalidade, é místico,
espiritual, oculto: fantástico.
Em expansão, talvez, das idéias de liberdade românticas, o
Simbolismo prega a literatura em novas e outras formas que não escritas.
Assim, pode-se dizer que a música, o cinema, o teatro, a
pintura e outras formas de manifestação artística são de origem simbolista ou
se relacionam com estas idéias. Pois, todas elas são, em suma, linguagem, ou
seja, texto; então, literatura.
(Por Alex Moraes)
Parnasianismo
“A Arte pela Arte”
A essência parnasiana detém-se apenas em descrever
rebuscada, preciosa e perfeitamente algo, alguém ou algures como simples e
realmente é com objetividade. E ele
retoma as formas fixas clássicas, Greco-latinas. É estético, rico e rigoroso,
porém impessoal e com difícil compreensão
(Por Alex Moraes)
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Minhas experiências com Dom Casmurro (Intertextualizando Dom Casmurro)
Trecho Dom Casmurro de Machado de Assis
“Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que foram aqueles olhos de Capitu. Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram. Olhos de ressaca? Vá, de ressaca. É o que me dá idéia daquela feição nova. Traziam não sei que fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava para dentro, como a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca. Para não ser arrastado, agarrei-me às outras partes vizinhas, às orelhas, aos braços, aos cabelos espalhados pelos ombros; mas tão depressa buscava as pupilas, a onda que saía delas vinha crescendo, cava e escura, ameaçando envolver-me, puxar-me e tragar-me. Quantos minutos gastamos naquele jogo? Só os relógios do céu terão marcado esse tempo infinito e breve. A eternidade tem as suas pêndulas; nem por não acabar nunca deixa de querer saber a duração das felicidades e dos suplícios.”
Confesso que quando parei para tentar ler “Dom Casmurro” o sono falou mais alto.
Lembro-me como hoje. No primeiro ano
do Ensino Médio, minha professora de Português deu um trecho do livro, quando
li menos que um capítulo da obra, eu
fiquei com raiva de Bentinho por duvidar de Capitu, duvidar do amor dela e de
sua fidelidade.
Pouco tempo depois desta leitura que
parou somente no trecho, pude assistir o filme “Dom”, baseado na obra de
Machado de Assis. Neste filme Marcos Palmeira faz o papel de Bentinho, Bruno
Garcia é Miguel e Maria Fernanda Cândido é a Capitu, no entanto com nome de
Ana. Assistindo tal filme, lembrei do esquecido trecho que li no Ensino Médio e
ao assistir o filme, (que é um releitura contemporânea da obra), bateu
novamente a vontade de ler o clássico de Machado.
Como no trecho que coloquei acima de
Dom Casmurro, em Maria Fernanda , via a verdadeira Capitu, o olhar dela era,
para mim, os mesmos olhos de ressaca descritos no livro. Confesso, que quando
li o trecho do Ensino Médio, pensava no fundo que Capitu poderia sim ter traído
Bentinho, mas o amava demais. Mas, quando vi o filme, fiquei do lado da “Capitu
moderna” e a defendi em pensamento, fiquei com raiva daquele “Bentinho moderno”
e tão paranóico quanto parecia o do livro.
Tempos depois veio a série “Capitu”,
que série maravilhosa! E novamente Maria Fernanda Cândido fez o papel de
maneira esplêndida e apaixonante! Michel Melamed como Bentinho, fez o mais
paranóico homem traído da ficção (ou que pensa que foi traído).
Mantenho
minha opinião quanto aos clássicos, não há nada melhor do que aguçar a
curiosidade do aluno para que ele queira ler sim um cânone. De nada adianta
impor um livro ao aluno e crer que ele lerá o livro inteiro e que não correrá
atrás de um resumo ou análises de obras na internet.
Assim
como no projeto em que eu e meu parceiro Alex estamos trabalhando, defendo as
obras contemporâneas e creio que elas têm tanto valor quanto aos cânones.
Afinal, devemos valorizar atualmente a literatura que nos rodeia, por meio da
internet muitos autores de talento tem sido reconhecidos e devem sim ser
valorizados!
Machado
de Assis e suas obras devem ser conhecidas por nossos alunos, no entanto
devemos rever conceitos e lidar de uma outra forma com os clássicos. A extrema
paixão que minha professora do Ensino Médio demonstrou ao contar a história de
Bentinho e Capitu, despertou em muitos alunos a vontade de ler Dom Casmurro.
(Por Aline Caruso)
Um pouco mais de Realismo
Sabe o Romantismo?!
Quando os escritores perceberam que o Romantismo não trouxe
nenhum ideal, não concretizou a liberdade, igualdade, muito menos a
fraternidade, resolveram ir contra toda a idealização e ir direto à crítica!
Romantismo era pura babaquice! Agora eles iriam destruir as fantasias e mostrar
a realidade, nua e crua.
O personagem principal dessa fase na literatura é o povo e
seus problemas reais. A distância social, a traição, o trabalho no campo, a
miséria, entre outras questões, são o que se podem encontrar nos livros dessa
época... Esqueça o Amor, caro leitor, pelo menos esse amor que o Universo
idealiza.
O autor que inaugura o Realismo no Brasil é Machado de Assis
com “Memórias póstumas de Brás Cubas”, embora ele tenha iniciado sua carreira
como autor romântico.
"... Sonhará uns amores de
romance, quase impossíveis? digo-lhe que faz mal, que é melhor, muito melhor
contentar-se com a realidade; se ela não é brilhante como os sonhos, tem pelo
menos a vantagem de existir...”
A mão e a luva - Machado de Assis.
(Por Alessandra Rosa)
Assinar:
Postagens (Atom)